23 de setembro de 2010

Classificando o tráfico



Desde ontem à noite escuto nos telejornais sobre a quadrilha de "jovens de classe média-alta"que foi desbancada no Rio. Háááá!! Piada né? Os sujeitos ainda tinham até controle de qualidade. Alguém que experimentava a droga, avaliando sua qualidade para depois comprá-la e revendê-la. O que esse cara pensa, que ele é o bobo da corte? Sim, pois li em algum lugar, ou alguém me contou que o bobo da corte, ao contrário de que as pessoas pensam que faz comédia para a realeza, ele provava primeiro a comida do rei, no caso de ela estar envenenada. Esse palhaço aí prova primeiro para ver se o chefe dele vai enriquecer mais ou não.
Outra coisa da qual queria mencionar é o fato de que a os tele-jornais mostram essa quadrilha como se fosse raro isso acontecer. "Meu irmão"(vou usar os termos deles), tu não é fraco não! Tem bala na agulha". Claro que tem. Alguém conhece por ai um chefe de quadrilha pobre? Só porque o sujeito ainda mora na comunidade e talvez não tenha bons modos, não quer dizer que ele não dinheiro no bolso. Tem sim! E diga-se de passagem, muito. Até mais que os playboys, o sujeito só não vive no Leblon.
Então, ao meu ver, toda a quadrilha que tem grana, é de classe média alta. Pode parar com esse papo de que traficante da comunidade é um coitado. Pode até ser que o sujeito seja desfavorecido
culturalmente falando, mas burro ele não é? Ele sabe contar e fazer dinheiro.
Como já disse o capitão Nascimento "estou de saco cheio de ter que subir o morro e ver as crianças que morrem por conta do tráfico, só para que os playboys possam enrolar um baseado". Quem consome droga é quem tem dinheiro para comprá-la. Esses que vemos pelas ruas, viciados em craque, não passam de uns coitados que muitas vezes entram nessa viagem para saírem da realidade, que por sinal é uma realidade triste. São os riquinhos que consomem as drogas mais caras. Então são eles que financiam os negócios do tráfico. Os mesmos que são da tal classe média alta, tão indiferente, tão cool, tão fashion.
Deveríamos parar com essa história de distribuir os traficantes em classes ou daqui a pouco eles terão um sindicato, carteira assinada e dissídio. Alguém quer ser "gerente de vendas do tráfico nível 1? Aposto que alguns sim. Então não faltaria muito para esses sujeitos terem seus direitos garantidos, e aí para a legalização é um tapa. (mas entraríamos em questões políticas e não quero sair do foco)
Vamos parar de dar categorias aos traficantes. Traficante é tudo igual. Seja ele rico ou pobre, é traficante e ponto final.

Traficante bonzinho não existe.!
São todos anti-heróis. Até mesmo João de Santo-Cristo ...

"...e João não conseguiu o que queria quando veio pra Brasília, com o diabo ter. Ele queria era falar pro presidente pra ajudar toda essa gente que só faz...sofrer!!!"
Renato Russo - in Faroeste Caboclo



6 de agosto de 2010

"Quem canta seus males espanta"- Canta Luca Mundaca, Canta!


"Não se apavore" de Luca Mundaca é uma das canções que são tema da Novela Ti ti ti da Rede Globo vai ao ar de segunda à sábado em horário nobre "


Em um país onde "quem canta seus males espanta"como diz o dito popular, já estava mais do que na hora de aparecerem pessoas que realmente cantam. Afinal de contas o Brasil está precisando espantar seus males. E digo mais, espantar o que for ruim e dar lugar ao bom. Onde está aquela nossa velha Bossa que fez tanto sucesso nos anos dourados?
Hoje em dia, eu ainda escuto o que meus pais ouviam. Na semana passada vi uma entrevista com um jovem cartunista que comentou que ele estava sintonizado na rádio de velho. E é assim que me sinto (ainda bem), pois não tem nada mais irritante do que escutar aquela barulheira eletrônica onde o sujeito que se diz cantor repete por minutos a mesma frase:" blábláblá no batidão , no popozão..."Ahhhhhh! Isso não!
Nada contra a quem curte esse tipo de música, que para mim não passa de um tropé. E quem sou eu para julgar os outros? Mas eu tenho ouvidos e discernimento, e não acho que isso é bom.
Mas...enfim, surgiu uma luz para mais uma nova cantora. Essa voz tão meiga e suave está ganhando espaço na música popular brasileira. Ela como tantas outras jovens cantoras merecem mostrar na mídia seu talento e o que vieram fazer pelo nosso país. Afinal, é isso que podemos fazer a toda hora e em qualquer lugar.
Canta Luca Mundaca! Quem canta, seus males espanta!

Visite: www.lucamundaca.com e conheça mais sobre essa incrível cantora.


4 de agosto de 2010

Um pouco de mim...

"A águia é a ave que chega a viver 70 anos, porém, quando atinge os 40 anos de idade ela já está com suas unhas compridas e flexíveis e não consegue mais agarrar as presas das quais se alimenta. Seu bico, alongado e pontiagudo, se curva e suas asas estão envelhecidas e pesadas em função da grossura de suas penas,e já quase nem permitem o seu vôo garboso.
Nesta altura da visa a ave precisa escolher entre morrer ou enfrentar um doloroso processo de renovação que durará perto de 150 dias, onde voa para o alto de uma montanha à se recolher a um ninho, próximo a um costão protegido, de onde ela não precise sair. Quando encontra esse lugar a ave bate o bico na pedra até conseguir arrancá-lo e espera, pacientemente, nascer um novo bico, com o qual vai depois arranca suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. Só depois de cinco meses sai para o seu vôo de renovação e para então viver mais 30 anos."

Não me lembro quando foi (e nem onde) que li este texto. Só de que foi em um dia chuvoso, onde tudo parecia cinzento, quando não podia mais ver onde tudo iria dar. Sabe aqueles dias onde parece que não se tem mais forças para seguir em frente? Pois bem, foi um dia desses...
Lembro-me também que depois de pensar muito na vida desta ave, comecei a relacionar nossas vidas. Ela para a vida e se recolhe aos 40 para retornar a viver mais 30. Então pensei: Porque não adiantar-me em 10 anos para eu possa viver mais 40? Foi então que tomei coragem para dar uma volta em minha vida. Posso dizer que foi uma volta completa, e espero nunca perder a coragem de ser como uma águia para, que se preciso, possa promover um processo de renovação, mesmo que doloroso.
Me dei esse direito, de levantar vôo para a vitória, mas isso exigiu de mim desprendimento de pessoas, lembranças, costumes e coisas que hoje já não me servem mais ou que um dia me causaram dor.

Livre do peso do passado, aproveito o resultado valioso essa que me foi trazida por uma renovação.